Army of Two foi um dos novos IP's que a Electronic Arts estreou nas consolas de nova geração, depois de bastantes críticas face ao milking de IP's da EA na geração passada. O resultado deste Army of Two não é nada mau, aliás o jogo é bastante competente e agora está a um preço platina de 30 euros.
O jogo foi desenvolvido a pensar na jogabilidade co-op. Tudo neste jogo é para deve ser feito com um companheiro seja através da internet ou com o ecrã dividido. Mesmo a campanha deve ser passada a dois, modos multiplayer também, enfim se querem desfrutar deste jogo ao máximo têm de ter pelo menos um amigo.
Para além de ter sido desenvolvido em volta do jogo em cooperativo também quis imitar um pouco a jogabilidade de Gears of War, e realmente é uma boa imitação, conseguiu refiná-la e melhorá-la de uma forma bastante notória. A jogabilidade centra-se então no co-op, temos várias coisas que temos de fazer juntos com o nosso companheiro, como fazer pé de ladrão para subir obstáculos ou usar um escudo enquanto que o outro por trás dispara (uma espécie de tanque humano), todas estas tarefas são bastante simples, não é muito complicado dar ordens à IA quando jogamos sozinhos, por vezes tem algumas falhas, mas no geral é bastante competente. Existem certos momentos onde fica-mos "Back to Back" com o nosso companheiro e entra tudo em "slo-mo", os inimigos começam a aparecer por todos os lados e nós temos de os matar todos antes que eles nos incapacitem, são raros estes momentos mas é uma boa adição para variar um pouco a jogabilidade. Também não se pode deixar de falar do sistema de curar o nosso companheiro, quando levamos muito dano ficamos no chão incapacitados, o nosso companheiro vai ter de nos acudir, puxando-nos para um sítio seguro onde possa fazer o curativo, e o que está a ser puxado pode disparar para matar algum inimigo que se aproxime demasiado, é um sistema simples e que deixa ambos os jogadores sobre stress, já que se o companheiro morre é "game over". Para quem já jogou Gears of War mal pegue neste jogo vai-se sentir em casa, mesmo os próprios criadores de Army of Two não tiveram vergonha nenhuma em dizer que se basearam bastante na jogabilidade de Gears para fazer este jogo, mas não foi apenas uma cópia, foi melhorada em certos pontos como por exemplo o facto de no Gears quando fazemos "cover" ficarmos colados à parede o que provocava mortes embaraçosas pois queriamos fugir e estavamos colados, mas neste Army of Two o cover faz-se da mesma forma mas não ficamos colados aos objectos, podemos movimentar-nos livremente sem problema algum, o que é uma grande melhoria face ao Gears of War.
Gráficamente é um jogo típico que utiliza o Motor Unreal 3.0 Engine, temos gráficos muito bons, e momentos verdadeiramente WOW, principalmente no nível do porta aviões que está fenomenal no que toca a visuais. Também tenho de dar uma nota muito positiva às cut-scenes, são feitas a CG e estão brutais. O pior neste departamento é existir pouca variedade de inimigos, existe até um nível onde supostamente estamos a lutar com o exército chinês e os inimigos parecem iguais aos que lutamos na missão anterior noutro país completamente diferente. Não encontrei grandes quebras na frame-rate ou outros problemas gráficos, é um jogo bastante polido, e mesmo com o ecrã dividido continua estável mesmo nos momentos mais intensos e quase que não há downgrade gráfico.
A nível sonoro nada a apontar de errado, mas também nada que chame a atenção. Temos 5.1 sorround sound, temos uma orquestra boa, temos efeitos sonoros bons, mas não há nada que salte ao ouvido, por assim dizer.
O jogo tem uma história mediana com alguns toques de humor, sinceramente achei muita piada a certas partes do jogo, é fixe ver a interação dos dois companheiros de guerra. O jogo também não é muito grande, passsa-se tudo numas boas 6/7 horas, mas tem um "replay value" muito elevado em co-op e para além disso também apresenta modos online que dão sempre um "boost" à longevidade do jogo.
Os problemas mais graves de Army of Two são de IA como já referi e a nível de "checkpoints". Por vezes o jogo não guarda determinados checkpoints o que nos leva a ter de repetir secções dos níveis bastante grandes para chegar ao sítio onde estavamos, no entanto por vezes o jogo lá se lembra que afinal havia ali outro checkpoint mais perto, é uma pequena falha mas não deixa de ser muito chata por vezes. Também é de referir que a versão PS3 tem alguma espécie de bug quando usamos o in-game xmb para sair do jogo, ele desliga a consola involuntáriamente.
Army of Two surpreendeu-me por acaso, os gráficos não são nada de especial mas cumprem o seu objectivo, a nível sonoro idem aspas, a jogabilidade saiu-se muito melhor do que esperava e o facto de ter sido um jogo a pensar no co-op e ainda por cima baseado na jogabilidade de Gears of War ganha bastantes pontos a seu favor já que não é comum no mercado. Por 30 euros é mesmo um dos melhores jogos que se pode comprar a preço baixo e muito provavelmente o melhor jogo que a EA fez até agora nas consolas next-gen sem contar com o Burnout Paradise. Mas só vale a pena comprar este jogo se tiverem amigos para jogar em co-op, caso contrário o jogo é banal e não tem longevidade quase nenhuma.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
LTTP: Army of Two
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