segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Left 4 Dead Review


Zombies... Muitos zombies... Parece que a moda de fazer jogos com quantidades ridículas de zombies para matar está para continuar, começou com Dead Rising onde tínhamos de conviver com milhares de zombies num centro comercial e agora Left 4 Dead continua com a ideia, é um jogo simples... quase tão simples que até um zombie o podia jogar, aliás é engraçado fazer a analogia entre este jogo e os mortos vivos devido à sua simplicidade pois segundo a literatura os zombies mantêm apenas os pensamentos mais básicos e este jogo é bastante simples.


Left 4 Dead é como um zombie. Mesmo literalmente. É um FPS tiro neles, e pronto acabou. A ausência de história ou de mecãnicas complexas faz realmente com que este Left 4 Dead pareça um dos milhares de zombies que vagueiam pelo jogo. Mas também não posso dizer que isso é mau... é excelente! Também ao dizer isto parece que o jogo é monótomo mas não o é! Aliás monotomia e Left 4 Dead são incompatíveis. Digamos que à primeira vista Left 4 Dead é um zombie mas... é interessante o suficiente para nos mantermos agarrados durante horas e horas.


Portanto gráficamente o jogo é muito bom, mas também não é nada de especial... O noise na imagem dá um ar melhor do que o jogo realmente é. Texturas não são nada de especial mas o jogo ainda tem uns efeitos de luz surpreendentemente bons. E depois claro quando vemos dezenas de zombies a correr desalmadamente para nós e sem ver a consola a engasgar-se deixa qualquer pessoa impressionada. O pior mesmo é as texturas, mas só mesmo quando tentamos ler o que está escrito nas paredes. Acho um pouco estúpido não terem metido essas texturas com um pouco mais de resolução para conseguir-mos ler melhor o que está escrito, de resto as texturas cumprem o seu trabalho e também com o noise e a acção frenética não vamos ligar muito a isso.
Em termos de som... Bom não tem nenhuma banda sonora memorável, mas a música aparece sempre no local certo e nas situações certas o que é excelente. Isto jogado num sistema 5.1 também é outra coisa.


O enredo... qual enredo? Ok o Dead Rising tinha um enredo, era estúpido mas tinha... Mas Left 4 Dead? Nope... Sim talvez tenha havido uma tentativa de nos contar uma história através das escrituras deixadas nas paredes das Safe Houses por outros sobreviventes que tinham passado por lá, algumas bem hilariantes até. Quiseram dar a história um pouco ao estilo de Portal. Mas não faz sentido nenhum... Acaba-se apenas por saber que esteve ali pessoas, mais nada, algumas escreviam coisas desesperantes nas paredes, insanidades até, outros deixavam uma espécie de cartas para a família... Bom na verdade enquanto passava o jogo pensei que alguma coisa fosse fazer sentido lá mais para o final do nível mas não... Não se sabe o que aconteceu às pessoas, não se sabe como é que os zombies apareceram... Não se sabe ponta de corno. Apenas sabemos que começamos num sítio e temos de chegar ao ponto de extracção. Não é que este jogo precise de um enredo para ser divertido/interessante, mas algumas pessoas afirmam que existe um enredo digno neste jogo. Eu não o encontrei... e eu li tudo o que estava escrito ao longo dos níveis. Não sei talvez me tenha escapado alguma coisa, ou então quem afirma que existe um enredo tenha uma imaginação muito fértil para encher os espaços em branco ou seja... inventaram por si o enredo do jogo.


A jogabilidade é um FPS puro e duro... Existem alguns genes de Counter Strike no modo de disparo das armas. Agachados temos mais pontaria do que se andarmos a correr e a disparar ao mesmo tempo. Depois existe todo o sistema de entre ajuda dos 4 sobreviventes. Curar, ser curados, dar comprimidos, etc. Está muito fixe, pois mesmo jogando com companheiros da I.A. é essencial ajudar os nossos camaradas para nos safarmos na campanha. Talvez podesse ter mais umas armas à nossa disposição... mas pronto pode ser que um DLC traga alguma coisa. Mas o destaque é mesmo do modo director, que nos atira todos os elementos de jogo conforme ache melhor, o que resulta sempre em campanhas diferentes, é sempre inesperada a vinda dos Zombies, podem aparecer de qualquer lado, os Power-Ups e os Itens podem estar em qualquer lado. Isso faz com que o jogo continue sempre fresco e fofo! hehe.
Não me posso esquecer dos inimigos. Um zombie é a coisa mais fácil do mundo de matar, mas 30 zombies? Digamos que a união faz mesmo a força. Para além disso temos de lidar com zombies especiais, umas espécies de aberrações da natureza zombie que são bastante perigosos e podem mandar-nos desta para melhor senão estivermos atentos. Aqui a cooperação é essencial.


Longevidade... Bom o jogo passa-se em 5 horas no modo normal jogando single-player. Não se assustem no entanto pois este jogo tem replay value acima da média muito por culpa do modo director e muito por culpa de ser o melhor jogo co-op de sempre. Joguem isto com amigos e coisa ganha logo outra dimensão. É de facto pouco haver 4 campanhas diferentes, mas ainda assim é o suficiente para vos agarrar por várias horas. Existem modos de dificuldade muito difíceis que podem manter os mais Hardcore bastante ocupados. E quando digo difícil, é mesmo difícil como o caraças! É talvez dos jogos mais difíceis que joguei (quando jogado nos modos de dificuldade mais elevados) e mesmo com 3 amigos a ajudar em co-op. Talvez até seja demasiado difícl, mas pronto só faz quem quer.
Foi prometido novas campanhas em breve, por isso podem contar com mais nos próximos meses para o interesse pelo jogo não se extinguir.


A Valve mais uma vez entregou um jogo que em termos de qualidade é muito acima da média, aliás como todos os jogos da Valve, em termos de jogabilidade muito divertido e para além disso conseguiu criar o jogo co-op mais fixe de sempre. É muito viciante e muito divertido. Quem não tem Live pode ainda assim jogar com o ecrã dividido a dois o que não é mau, mas o que é mesmo bom é jogar isto com amigos de preferência através do Live. É um must have da 360 ou do PC.

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